segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ministros brasileiros chegam à Copenhague para conferência sobre o clima

COPENHAGUE - A presença dos ministros brasileiros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, também líder da delegação brasileira na 15ª Conferência Mundial sobre o Clima, na Dinamarca, marcaram o domingo (13).

O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), também chegou ontem e participou do painel Vista Global sobre Florestas e Mudanças Climáticas, defendendo a manutenção da floresta em pé e o pagamento pelos serviços ambientais prestados por esta espécie de cobertura vegetal.

Durante entrevista coletiva, a ministra Dilma Rousseff afirmou que o importante é saber se os países ricos estão dispostos a adotar metas mais ousadas do que as anunciadas até agora para atingir o objetivo da convenção: reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa entre 25% e 40%, até 2020.

A estratégia do Brasil é trabalhada junto com três países emergentes: China, Índia e África do Sul. Os países ricos, no entanto, ainda não sinalizaram com nenhum tipo de acordo.

O cenário pode mudar esta semana, quando estão sendo esperados em Copenhague grande líderes mundiais como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, além de lideranças da China, Austrália, Japão e Canadá.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirma que a comitiva brasileira traz um discurso unânime para que o REED (Redução por Emissão de Desmatamento e Degradação) entre definitivamente no quadro da convenção e esteja presente no documento final a ser produzido.

- Nosso desafio, agora, é a questão do mercado, é saber que mecanismos serão criados para possibilitar os financiamentos - afirmou.

2 comentários:

  1. Ótimo saber que as coisas estão andando bem tão longe daqui. O povo amazonense e do Norte inteiro, tem a certeza de que esta bem representado com vc e o Sisley aí. A propósito, a matéria ficou ótima!
    Ana Karen Salles

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  2. Olá Daniela, Olá Sisley,
    É uma pena que as propostas efetivas não estejam sendo feitas e levadas a efeito consensualmente pelos grandes líderes das nações desenvolvidas e subdesenvolvidas. É pena que o dinheiro esteja sendo o mobile dos Governadores do Norte do Brasil. Sem dúvida o dinheiro é importante, mas as ações revertidas para as populações das florestas, em políticas públicas que as beneficiem direta e amplamente é, sem dúvida, bem mais importante que o escancaramento de financiamentos que se prestarão ao bel prazer das elites governamentais dos Estados do Norte do País. A questão ecológica é muito importante, mas não pode nem deve estar dissociada da questão ambiental que leva em conta, imediatamente, a situação social, econômica, política e cultural dos povos da Amazônia. Infelizmente o dinheiro brilha nos olhos das autoridades que representam elites e grupos financeiros hegemônicos que se perpetuam no poder.

    Deodato Costa

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