COPENHAGUE - A presença dos ministros brasileiros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, também líder da delegação brasileira na 15ª Conferência Mundial sobre o Clima, na Dinamarca, marcaram o domingo (13).
O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), também chegou ontem e participou do painel Vista Global sobre Florestas e Mudanças Climáticas, defendendo a manutenção da floresta em pé e o pagamento pelos serviços ambientais prestados por esta espécie de cobertura vegetal.
Durante entrevista coletiva, a ministra Dilma Rousseff afirmou que o importante é saber se os países ricos estão dispostos a adotar metas mais ousadas do que as anunciadas até agora para atingir o objetivo da convenção: reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa entre 25% e 40%, até 2020.
A estratégia do Brasil é trabalhada junto com três países emergentes: China, Índia e África do Sul. Os países ricos, no entanto, ainda não sinalizaram com nenhum tipo de acordo.
O cenário pode mudar esta semana, quando estão sendo esperados em Copenhague grande líderes mundiais como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, além de lideranças da China, Austrália, Japão e Canadá.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirma que a comitiva brasileira traz um discurso unânime para que o REED (Redução por Emissão de Desmatamento e Degradação) entre definitivamente no quadro da convenção e esteja presente no documento final a ser produzido.
- Nosso desafio, agora, é a questão do mercado, é saber que mecanismos serão criados para possibilitar os financiamentos - afirmou.