quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Vamos fazer das tripas coração para essa Convenção não ser um fracasso, afirma Minc
COPENHAGUE – O recuo nas negociações preocupa o governo brasileiro. Nas últimas 24 horas, pontos importantes que já estavam praticamente fechados voltaram a ser discutidos na Conferência do Clima. Existia uma expectativa que a União Européia puxasse os Estados Unidos para um comprometimento mais firme, mas o que se observa é justamente o inverso. Há um certo clima de desconfiança entre os dois grandes blocos: os países ricos que compõe o anexo1 e os países em desenvolvimento.
"A situação é complicada e nada está definido”, afirmou o ministro do meio ambiente Carlos Minc em coletiva com jornalistas.
Às cinco da tarde, horário de Copenhague, começou uma reunião entre um grupo de países do G-77 composto por nações emergentes, entre elas o Brasil. A ministra Dilma Ruceff, chefe da comitiva brasileira, participa do encontro que faz uma leitura detalhado dos capítulos do relatório preliminar. Antes, a Ministra minimizou o momento e mostrou-se otimista.
- Sempre perto do final de qualquer negociação há intensificação das tensões, mas é um indício que vai dar certo, afirmou a ministra.
"A situação é complicada e nada está definido”, afirmou o ministro do meio ambiente Carlos Minc em coletiva com jornalistas.
Às cinco da tarde, horário de Copenhague, começou uma reunião entre um grupo de países do G-77 composto por nações emergentes, entre elas o Brasil. A ministra Dilma Ruceff, chefe da comitiva brasileira, participa do encontro que faz uma leitura detalhado dos capítulos do relatório preliminar. Antes, a Ministra minimizou o momento e mostrou-se otimista.
- Sempre perto do final de qualquer negociação há intensificação das tensões, mas é um indício que vai dar certo, afirmou a ministra.
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Recuo das Negociações em Copenhague
Copenhague - A Ministra da Casa Civil Dilma Russef respondia perguntas de dirigentes de Ongs e representantes sindicais quando foi surpreendida com a informação que o texto final da Conferência falava de proteção a florestas, mas não do modo defendido pelo Brasil. O texto segundo ambientalistas do WWF e Greenpeace estaria muito mais voltado aos interesses Norte-americanos.
Os americanos defendem que países ricos invistam em replantio de florestas. Ao contrário brasileiros querem financiamentos para evitar devastação das florestas hoje preservadas. Decisão que beneficiaria diretamente a Região Amazônica.
A ministra se reuniu a portas fechadas com representantes das ONGs para definir argumentos contra a investida americana. A reviravolta fez esquentar o clima e até 1 hora da madrugada ainda havia delegados no Bella Center, o Centro de Convenções onde a Convenção é realizada. É consenso que os mecanismos de defesa de florestas, os REDDs estarão no documento final, mas dificilmente serão definidos agora em Copenhague os critérios dos financiamentos. Uma decepção para delegados brasileiros.
Os americanos defendem que países ricos invistam em replantio de florestas. Ao contrário brasileiros querem financiamentos para evitar devastação das florestas hoje preservadas. Decisão que beneficiaria diretamente a Região Amazônica.
A ministra se reuniu a portas fechadas com representantes das ONGs para definir argumentos contra a investida americana. A reviravolta fez esquentar o clima e até 1 hora da madrugada ainda havia delegados no Bella Center, o Centro de Convenções onde a Convenção é realizada. É consenso que os mecanismos de defesa de florestas, os REDDs estarão no documento final, mas dificilmente serão definidos agora em Copenhague os critérios dos financiamentos. Uma decepção para delegados brasileiros.
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Lula se reúne com governadores brasileiros em Copenhague
COPENHAGUE - O presidente Lula chegou na madrugada de hoje para os últimos três dias de negociações em Copenhague. O primeiro compromisso foi uma reunião com sete governadores entre eles Jose Serra de São Paulo e Eduardo Braga do Amazonas.
No encontro foram discutidos alguns pontos que o Governo Brasileiro não abre mão da inclusão no relatório final da Conferência do Clima. Entre eles a Redução por Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), que ficou de fora da Conferência de Kyoto e é fundamental para a preservação de florestas tropicais. Amanhã, às três da tarde em Copenhague, meio dia horário de Brasília, o presidente Lula irá discursar na plenária principal da COP 15.
Ele vai ratificar a posição brasileira que é de aceitar mecanismos de mercado complementares as metas de redução. Na prática isso significa que o Brasil aceita receber créditos de carbono por preservar floresta, mas não abre mão dos países ricos que se comprometerem em diminuir de modo substancial as emissões de CO2.
O Brasil diz que precisa da ajuda dos países ricos, que historicamente contribuíram para o aquecimento global. Pelas contas da Casa Civil, precisam ser aplicados no país 166 bilhões de reais nos próximos dez anos. Deste montante 113 bilhões iriam para a geração de energia limpa, outros 32 bilhões para a agricultura, aplicados na recuperação de solos,combate a erosão e recuperação de áreas degradas.
A Amazônia ficaria com a menor parte do bolo: 20 bilhões. Em compensação seria um investimento dos países não reembolsável. Ainda são números em negociação. Até agora nenhum acordo está totalmente fechado.
No encontro foram discutidos alguns pontos que o Governo Brasileiro não abre mão da inclusão no relatório final da Conferência do Clima. Entre eles a Redução por Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), que ficou de fora da Conferência de Kyoto e é fundamental para a preservação de florestas tropicais. Amanhã, às três da tarde em Copenhague, meio dia horário de Brasília, o presidente Lula irá discursar na plenária principal da COP 15.
Ele vai ratificar a posição brasileira que é de aceitar mecanismos de mercado complementares as metas de redução. Na prática isso significa que o Brasil aceita receber créditos de carbono por preservar floresta, mas não abre mão dos países ricos que se comprometerem em diminuir de modo substancial as emissões de CO2.
O Brasil diz que precisa da ajuda dos países ricos, que historicamente contribuíram para o aquecimento global. Pelas contas da Casa Civil, precisam ser aplicados no país 166 bilhões de reais nos próximos dez anos. Deste montante 113 bilhões iriam para a geração de energia limpa, outros 32 bilhões para a agricultura, aplicados na recuperação de solos,combate a erosão e recuperação de áreas degradas.
A Amazônia ficaria com a menor parte do bolo: 20 bilhões. Em compensação seria um investimento dos países não reembolsável. Ainda são números em negociação. Até agora nenhum acordo está totalmente fechado.
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Conferencistas enfrentam confusão no credenciamento para plenárias em Copenhage
COPENHAGUE – A segunda-feira na Conferência Mundial sobre o Clima foi de muita confusão para quem estava em busca de credenciamento para ter acesso ao local das plenárias. As pessoas tinham que esperar em três filas de cerca de um quilômetro cada. Tudo por conta do forte esquema de segurança e da organização do evento, que aceitou o pré-credenciamento de mais de 40 mil pessoas para um local onde cabem cerca de 15 mil.
Juntos estavam jornalistas, cientistas, políticos, integrantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) que enfrentaram em média seis horas de espera sob um frio de dois graus negativos. E boa parte dessas pessoas esperou em vão. “Desisti da espera porque não agüentei mais o frio. Fiquei mais de cinco horas em pé sob neve, vento e um frio cortante”, disse uma brasileira.
A expectativa é que nesta terça-feira a situação seja resolvida e os participantes possam entrar para assistir e contribuir nas discussões.
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Ministros brasileiros chegam à Copenhague para conferência sobre o clima
COPENHAGUE - A presença dos ministros brasileiros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, também líder da delegação brasileira na 15ª Conferência Mundial sobre o Clima, na Dinamarca, marcaram o domingo (13).
O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), também chegou ontem e participou do painel Vista Global sobre Florestas e Mudanças Climáticas, defendendo a manutenção da floresta em pé e o pagamento pelos serviços ambientais prestados por esta espécie de cobertura vegetal.
Durante entrevista coletiva, a ministra Dilma Rousseff afirmou que o importante é saber se os países ricos estão dispostos a adotar metas mais ousadas do que as anunciadas até agora para atingir o objetivo da convenção: reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa entre 25% e 40%, até 2020.
A estratégia do Brasil é trabalhada junto com três países emergentes: China, Índia e África do Sul. Os países ricos, no entanto, ainda não sinalizaram com nenhum tipo de acordo.
O cenário pode mudar esta semana, quando estão sendo esperados em Copenhague grande líderes mundiais como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, além de lideranças da China, Austrália, Japão e Canadá.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirma que a comitiva brasileira traz um discurso unânime para que o REED (Redução por Emissão de Desmatamento e Degradação) entre definitivamente no quadro da convenção e esteja presente no documento final a ser produzido.
- Nosso desafio, agora, é a questão do mercado, é saber que mecanismos serão criados para possibilitar os financiamentos - afirmou.
O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), também chegou ontem e participou do painel Vista Global sobre Florestas e Mudanças Climáticas, defendendo a manutenção da floresta em pé e o pagamento pelos serviços ambientais prestados por esta espécie de cobertura vegetal.
Durante entrevista coletiva, a ministra Dilma Rousseff afirmou que o importante é saber se os países ricos estão dispostos a adotar metas mais ousadas do que as anunciadas até agora para atingir o objetivo da convenção: reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa entre 25% e 40%, até 2020.
A estratégia do Brasil é trabalhada junto com três países emergentes: China, Índia e África do Sul. Os países ricos, no entanto, ainda não sinalizaram com nenhum tipo de acordo.
O cenário pode mudar esta semana, quando estão sendo esperados em Copenhague grande líderes mundiais como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o primeiro-ministro da Inglaterra, Gordon Brown, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, além de lideranças da China, Austrália, Japão e Canadá.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirma que a comitiva brasileira traz um discurso unânime para que o REED (Redução por Emissão de Desmatamento e Degradação) entre definitivamente no quadro da convenção e esteja presente no documento final a ser produzido.
- Nosso desafio, agora, é a questão do mercado, é saber que mecanismos serão criados para possibilitar os financiamentos - afirmou.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
A caminho de Copenhague!
Copenhague é a porta de entrada da Escandinávia. Uma das cidades mais charmosas da Europa consegue reunir modernidade e preservação do patrimônio histórico. A capital da Dinamarca está situada na costa do mar Báltico em frente à Suécia e possui 590 mil habitantes em sua região metropolitana.
O nome, apesar de pomposo, tem um significado curioso: "Porto do mercador". E nestas duas primeiras semanas de dezembro não poderia ser mais apropriado. Pois, é neste "Porto do Mercador" que líderes de países das Nações Unidas estão negociando estratégias para equilibrar as mudanças climáticas.
Desde segunda-feira cientistas do IPCC, composto por estudiosos do mundo todo, fazem reuniões técnicas de trabalho que antecipam as chegadas dos líderes na semana que vem. 130 chefes de Estado já confirmaram presença.
A delegação brasileira já está lá, e leva propostas. A mais importante delas foi anunciada há poucos dias. O Brasil se compromete em reduzir até 38% a emissão de CO2 e evitar 80% do desmatamento na Região Amazônica hoje praticado. Este é um dado fundamental se considerarmos que 75% das emissões brasileiras de CO2 vem das queimadas das florestas tropicais, principalmente da Amazônia. Por isso, a preservação da floresta é parte importante das negociações brasileiras.
Como a nossa Região será tratada nestas negociações e os acordos financeiros para a preservação da floresta serão acompanhadas pela Rede Amazônica, eu e o repórter cinematográfico Sisley Monteiro vamos embarcar neste sábado (12) para a COP15 e repercutir, durante uma semana, a conferência nos telejornais da Emissora.
Esperamos que você nos acompanhe tanto na TV quanto pelo Blog.
E até Copenhague!
O nome, apesar de pomposo, tem um significado curioso: "Porto do mercador". E nestas duas primeiras semanas de dezembro não poderia ser mais apropriado. Pois, é neste "Porto do Mercador" que líderes de países das Nações Unidas estão negociando estratégias para equilibrar as mudanças climáticas.
Desde segunda-feira cientistas do IPCC, composto por estudiosos do mundo todo, fazem reuniões técnicas de trabalho que antecipam as chegadas dos líderes na semana que vem. 130 chefes de Estado já confirmaram presença.
A delegação brasileira já está lá, e leva propostas. A mais importante delas foi anunciada há poucos dias. O Brasil se compromete em reduzir até 38% a emissão de CO2 e evitar 80% do desmatamento na Região Amazônica hoje praticado. Este é um dado fundamental se considerarmos que 75% das emissões brasileiras de CO2 vem das queimadas das florestas tropicais, principalmente da Amazônia. Por isso, a preservação da floresta é parte importante das negociações brasileiras.
Como a nossa Região será tratada nestas negociações e os acordos financeiros para a preservação da floresta serão acompanhadas pela Rede Amazônica, eu e o repórter cinematográfico Sisley Monteiro vamos embarcar neste sábado (12) para a COP15 e repercutir, durante uma semana, a conferência nos telejornais da Emissora.
Esperamos que você nos acompanhe tanto na TV quanto pelo Blog.
E até Copenhague!
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